Gazeta do Povo - Basta colocar as palavras acidente e BR-277 no Google para uma
quantidade enorme de textos jornalísticos surgirem, associados a mortes,
explosão ou tombamento. E dos 730 quilômetros de extensão da rodovia,
que corta o Paraná de Leste a Oeste (ou seja, de Paranaguá a Foz do
Iguaçu), grande parte dos casos fatais acontecem num trecho curto, na
Serra do Mar, na altura de Morretes – como ocorreu na noite de domingo
(03), quando um caminhão aparentemente com o freio comprometido atingiu 12 veículos, explodiu e matou ao menos cinco pessoas.
Uma busca nos arquivos também comprova que o trecho de descida é pródigo em tragédias. Em 2007, por exemplo, sete pessoas morreram
quando uma carreta de soja sem freios atingiu dois caminhões e esmagou
outros quatro carros, antes de parar na mureta central da pista e
explodir. Em 2011, um acidente envolvendo três caminhões e quatro carros
interditou a pista e não se sabe como não houve feridos. No mesmo ano,
uma batida com quatro caminhões e dois carros resultou na morte de uma pessoa.
Há ainda vários casos mais recentes. Um casal morreu em outubro, em
uma colisão envolvendo um carro e dois caminhões. Dois meses depois, uma
morte foi registrada numa batida entre três caminhões e dois
automóveis. Também são comuns os casos de explosões, com
o os que
aconteceram em outubro de 2014, envolvendo um caminhão-tanque, e em
dezembro do ano passado, quando um caminhão carregado com adubo pegou
fogo. Já em 2011, uma carga de glicerina se esparramou na pista depois que o caminhão tombou, matando o motorista.
Há ainda dezenas de casos em que o veículo tomba, sem deixar feridos,
mas interditando a pista e complicando o tráfego. Há menos de um mês,
um caminhão carregado de soja virou,
espalhando a carga e fechando a rodovia por algumas horas. De acordo
com a concessionária Ecovia, que administra o trecho, foram 100
tombamentos entre Curitiba e Paranaguá nos últimos dois anos e meio,
sendo que 31% se concentraram entre os km 32 e 34 da Serra do Mar. Só em
2016 foram três casos no ponto do acidente de domingo. Nos primeiros
seis meses de 2015 foram oito tombamentos.
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